Luiz Gonzaga abriu fronteiras por causa de sua inovação musical. E é com o legado e influência do mestre que nós também reinventamos a música brasileira”. As palavras de Bell Marques, líder da banda Chiclete com Banana, resumem bem a fórmula que combina axé com forró. Embalados pelos ritmos, o resultado foi a presença de quase 100 mil pessoas ao Pátio de Eventos, durante as festividades de São João de Caruaru, que começaram na noite do sábado (9) e entraram pela madrugada deste domingo (10).
Segundo a organização do evento, esse foi o maior público registrado desde a abertura da maratona de shows, no dia 2 deste mês. A banda proporcionou duas horas de apresentação contagiante, com direito a efeitos especiais de iluminação e um set list embalado pelos hits do axé baiano, acrescido de uma generosa dose do autêntico forró regional. “Não é pelo fato do São João de Caruaru ser uma homenagem a Luiz Gonzaga, mas sim por não abandonarmos nossas próprias influências. Ele abriu cancelas e influenciou até mesmo o rock n’roll. Nós provamos que dá para fazer axé com forró e as pessoas gostam. É um sucesso. Uma combinação que deu muito certo e, por isso, voltamos ao São João da ‘Capital do Forró’”, disse Bell Marques, durante coletiva à imprensa, antes da apresentação.
A influência do forró é sentida logo no início da carreira de Chiclete com Banana, na década de 1980. Porém, ficou mais notável com o lançamento da faixa “Popurritimos do interior”, que trazia a junção de nove músicas, entre elas “Balão Dourado”, “Pra Brincar de Vida” e “Riacho do Navio”. Em 2000, o grupo lançou um disco totalmente voltado ao forró, deixando o axé de lado e dando lugar ao pé-de-serra e ao ritmo de quadrilha. “Por isso, o pessoal tem aceitado muito bem nossa entrada na programação do São João. Não nos rotulamos. Misturamos títulos e somos ecléticos”, frisa Bell.
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