domingo, 1 de julho de 2012

POLITICA

BAHIA - Candidatos apostam na militância negra e social na busca de voto


Com o anúncio oficial da vereadora comunista Olívia Santana na vaga de vice na chapa do candidato petista Nelson Pelegrino, na ultima sexta, 29, após a retirada da candidatura da deputada federal Alice Portugal (PCdoB), os três principais nomes à sucessão desse ano em Salvador têm como parceiros de chapa pessoas negras, o que deixa claro que as candidaturas estão de olho, também, nos votos dessa população e no eleitorado que cada um desses nomes agrega, de formas distintas.
Além de Olívia, "a negona de Salvador", que sobe no palanque ao lado de Pelegrino, no ultimo sábado, 30, na convenção do PT, que aconteceu no Bahia Café Hall, entraram no jogo eleitoral a militante negra Célia Sacramento (PV) com ACM Neto (DEM) e o jovem da periferia Nestor Neto com Mário Kertész – chapa esta oficializada em convenção na sexta. Isso sem falar nos candidatos do PRB, Bispo Marcio Marinho, e Hamilton Assis (PSOL), também negros, mas com origens políticas muito diferentes.
A escolha de vices negros é visto como “feliz coincidência”, pelo deputado federal Daniel Almeida (PCdoB). Fato é que o vice tem função pragmática na chapa: a de agregar valor e atrair votos. Em caso de vitória, o partido do vice divide espaço no poder.
Trata-se de coincidência ou estratégia política? “Em parte é coincidência, em parte estratégia”, analisa o professor de ciências políticas da UFBA, Joviniano Neto. “Em termos gerais há uma estratégia de se aproximar de forma simplista o eleitorado do pobre, cuja maior parte é negro”, diz o professor. Entretanto, “cada negro que sai a vice tem uma trajetória diferente” e uma especificidade em cada candidatura. “Não dá para dizer que é tudo uma coisa só”, diz.

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