O drama vivido pela corredora sul-africana Caster Semenya parece ter sensibilizado os torcedores presentes no estádio Olímpico para acompanhar a final dos 800 m na Olimpíada de Londres. Seu sprint no final para conseguir a medalha de prata foi um dos pontos altos do sábado de atletismo.
A volta olímpica para comemorar foi das mais prestigiadas. No final da prova, ela foi em direção à russa Mariya Savinova e lhe deu um abraço, para mais aplausos. Carregou a bandeira da África do Sul e correu para ser saudada pelos fãs.
Sua imagem no telão no momento que recebeu a medalha de prata e também rendeu efusivos aplausos. Retribuiu com um sinal com as mãos para os fãs.
Os aplausos a Semenya não se devem apenas à prata. Ela é uma das atletas que já tiveram a desagradável experiência de passar pelo que deve ser o maior constrangimento para uma competidora de alto rendimento: provar que é mulher.
Depois de vencer os 800 m rasos no Mundial de Berlim, em 2009, Semenya foi suspensa pela IAAF (Associação Internacional de Federações de Atletismo) até que comprovasse ser mulher.
Os trâmites para que pudesse comprovar seu gênero demoraram 11 meses, incluindo vários testes. Passou por testes de DNA e os exames comprovaram que ela é portadora de uma deficiência cromossomática, o que faz com que tenha características masculinas e femininas
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