segunda-feira, 16 de novembro de 2015

MODELO DESTAQUE - JACSON SILVA UM PRÍNCIPE NEGRO


O nosso modelo destaque é belo, ou melhor é um negro belo, daqueles dignos de se tirar o chapéu cada vez que se encontra. Um nordestino que mostra o quanto é forte a presença da Beleza Negra nessa região, ele vem trazendo negritude, sensualidade, e acima de tudo inteligência, é um homem completo. Leia a entrevista e conheça esse Príncipe Negro:


NOME: Jacson Silva
IDADE: 22 anos
CIDADE E ESTADO QUE NASCEU: Itapetinga - Bahia
CIDADE E ESTADO ONDE MORA: João Pessoa - Paraíba
SIGNO: Touro
ALTURA: 1, 84m
PESO: 81kg
STATUS: Namorando


OS PRÓS E OS CONTRA DE SER UM HOMEM BONITO:
Não vejo a beleza como moeda de troca, quando digo isso me refiro a necessidade de coloca-la como pré-requisito da existência. O belo é subjetivo. Talvez, ser belo, tem se tornado a meta de muitos que não se reconhecem, não se aceitam. Todos nós possuímos beleza, pode não ser a estereotipada pela mídia, mas possuímos. Somos todos singulares. Desse modo, não faz sentido colocar-se perante um padrão apenas para fazer parte de uma reprodução em série de seres tem que a estética como princípio para alcançar vitórias. Não coloca a beleza como empecilho ou alavanca para nada. O meu ingresso no mundo da moda, tem o fundamental objetivo de exaltar a beleza negra, que por vezes é podada por esses padrões.


DE 01 A 10 QUAL O GRAU DE VAIDADE DE JACSON SILVA?
Não me considero um cara vaidoso, me cuido sem neurose. Talvez, nessa escala, me enquadraria em um grau 6.
COMO DEIXA O CORPO TÃO ESPETACULAR ASSIM?
Como estudante de Educação Física e amante dos esportes, procuro me cuidar, mas sem complexo. Pratico esportes desde muito cedo, o karatê que pratico a mais de 11 anos é a minha grande paixão, mas não me restrinjo a ele, curto jogar um “voleizinho” também. A academia não é minha grande obsessão, mas frequento regularmente mais com um intuito de tonificar a musculatura, ganhar resistência, dentre outras coisa, mas não necessariamente virar “mostro”.


UMA GRANDE FELICIDADE?
Ter vindo a esse mundo sob os cuidados de uma família tão maravilhosa que me apoia a todo momento, que posso contar para tudo, sem restrições.
UMA GRANDE TRISTEZA?
Me deparar com uma sociedade extremamente cheias de preconceitos no que tange, sexualidade, aspectos étnicos raciais, a xenofobia, machismo, dentre outras tantas coisas. Pessoas que segregam grupos e se colocam como superiores. 


FAMÍLIA PRA VOCÊ É?
Base, alicerce.
DEUS?
Criador, amigo, pai, companheiro.
UM ESPORTE?
Difícil escolher um, amo todos. Tenho o corpo como linguagem, dessa maneira, qualquer forma de expressão através do corpo me fascina e o esporte comtempla muito bem isso. O karatê sempre foi meu primeiro esporte, mas tem dado um pouco de espaço para o vôlei.


O QUE OLHAM PRIMEIRO EM VOCÊ QUANDO LHE ENCONTRAM NA RUA?
Sem sombra de dúvidas para o cabelo, as pessoas ainda se espantam com o diferente, com o que fogem dos padrões.
SONHO?
Ser enquanto educador referência em mudança educacional no nosso país, bem como, de formação social.
PLANOS? 
Terminar minha graduação em Educação Física Licenciatura, ingressar no mestrado e passar em concurso para ser docente no ensino superior.
OS PROJETOS JÁ REALIZADOS ATÉ HOJE?
Ter a oportunidade de fazer o curso que eu amo.


SUA ETNIA( COR ), O QUE DIZER?
Sou negro. Compartilho do pensamento do Pelé do Manifesto expressado em uma de suas canções, “Eu não sou preto de alma branca, nãoSe eu pudesse até a palma da minha mão era pretaIgual a tinta da caneta que eu escrevo minha letrameu orgulho tá no peito e não guardado na gaveta”. Me reconheço, reconheço as minha raízes, me aceito enquanto homem negro afro-brasileiro com muito orgulho.
O QUE ACHA DO PRECONCEITO?
Defendo veemente a igualdade social, enquanto homem negro, afro-brasileiro, descendente de uma miscigenação que abrange todos os brasileiros, acredito e costumo dizer que o nível de melanina não define caráter nem restringe possibilidades. Vejo ainda no mundo da moda um déficit grande nesse aspecto, o padrão de beleza hegemônico, por vezes, limita a ascensão da beleza negra. Visto isso, sigo nesse universo da moda defendendo a minha identidade, me aceitando enquanto negro, sem ter que sofrer um processo de “branqueamento social” e disseminando a ideia de que somos um povo mestiço e não cabe um padrão estereotipado.


JACSON SILVA POR JACSON SILVA?
Talvez, essa seja a pergunta mais difícil dessa entrevista. É difícil sintetizar o que você é, quem você é. Mas vamos lá. Me considero um cara do bem, que procura passar de modo sensível pelas diversas experiências proporcionadas pela vida, procuro retirar dessas situações o máximo possível de aprendizagem e colocá-las no que defino como ancoras da aprendizagem. Como futuro educador, serei mediador do mundo para meus educandos, abrirei possibilidades e com certeza essas ancoras faram de mim mais preparado para auxiliar na formação desses seres sociais.

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